sábado, 26 de janeiro de 2019

Israel e Brasil trabalharão juntos no resgate das vítimas da tragédia em Brumadinho

  Imagem ilustrativa. Israel irá enviar equipe especial para resgate em Brumadinho. (Foto: Reprodução) 
O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahuacaba de informar pelo Twitter que ofereceu ajuda ao presidente Jair Bolsonaro para que Israel ajude no resgate das vítimas da tragédia com o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, ocorrido na tarde de sexta-feira (25) em Brumadinho, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte (MG). “Após o desastre do colapso da barragem no Brasil, que levou a centenas de pessoas desaparecidas, falei com o presidente Jair Bolsonaro e sugeri a ele que Israel enviasse ajuda imediata ao local para procurar pelos desaparecidos”, escreveu Netanyahu. Também pela rede social, o presidente Jair Bolsonaro informou sobre o telefonema, dizendo que o Brasil aceita a colaboração tecnológica de Israel. “Por telefone o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu nos ofereceu ajuda para a busca de desaparecidos no desastre de Brumadinho/MG. Aceitamos e agradecemos mais essa tecnologia israelense a serviço da humanidade”, disse Bolsonaro pelo Twitter. O presidente brasileiro se disse emocionado diante do cenário que viu ao sobrevoar a área devastada pelo rompimento da barreira. “Difícil ficar diante de todo esse cenário e não se emocionar. Faremos o que estiver ao nosso alcance para atender as vítimas, minimizar danos, apurar os fatos, cobrar justiça e prevenir novas tragédias como a de Mariana e Brumadinho, para o bem dos brasileiros e do meio ambiente”, declarou Bolsonaro. De acordo com informações de Netanyahu, a delegação de Israel deverá chegar ao local da tragédia no domingo (27), com equipamentos que auxiliarão no resgate das vítimas. A prefeitura de Brumadinho pediu que a população mantenha distância do leito do Rio Paraopeba, que é um afluente do São Francisco. Foto: Douglas Magno/AFP Danos humanitários Mortes, destruição ambiental e material. Esse é o cenário desolador com o qual moradores e autoridades de Brumadinho, estão lidando após o rompimento de uma barragem de resíduos minerais de responsabilidade de empresa Vale do Rio Doce. O mesmo tipo de catástrofe aconteceu em 2015, na cidade de Mariana, com a barragem do Fundão que matou 19 pessoas. Porém, desta vez o número de vítimas deve ser maior. O rompimento aconteceu em horário comercial, quando havia mais de 300 funcionários na empresa – parte deles estava no refeitório, almoçando, quando o local foi atingido pela enxurrada de lama. Há centenas de desaparecidos, segundo dados da Prefeitura de Brumadinho e da Vale, empresa responsável pela barreira. Um ônibus inteiro foi encontrado, mas ainda não foi retirado da lama. O veículo é de propriedade da Vale e estava com funcionários da empresa. Não se tem ainda o número de ocupantes. A médica Marcelle Porto Cangussu, 35 anos, foi a primeira vítima identificada da tragédia. Os trabalhos de resgate estão sendo feitos pelos Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil de Minas Gerais, que contam com ajuda de diversas corporações e técnicos de outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. O governo federal publicou decreto que institui o Conselho Ministerial de Supervisão de Repostas a Desastre. A finalidade é acompanhar e fiscalizar as atividades a serem desenvolvidas em decorrência do desastre. O meio ambiente também foi seriamente atingido pelos dejetos liberados no rompimento da barragem. A lama atingiu o Rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco, que abastece a cidade. O Ibama enviou equipes da coordenação de Emergências Ambientais para o local imediatamente após o primeiro alerta de rompimento. O órgão expediu multa de R$ 250 milhões à Vale pela “catástrofe socioambiental”.   Em nota, o Ibama afirmou que “os danos ao meio ambiente decorrentes do rompimento de barragens da mina Córrego do Feijão resultaram até o momento em cinco autos de infração no valor de R$ 50 milhões cada, o máximo previsto na Lei de Crimes Ambientais”. Segundo a Vale, a área administrativa, onde estavam os funcionários, foi atingida, assim como a comunidade da Vila Ferteco. Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais Números Até ás 17h50 horas deste sábado (26), os números oficiais são: 34 pessoas mortas; 299 desaparecidas (sendo 166 funcionários da Vale e 133 empresas terceirizadas); 46 pessoas resgatadas.  

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