sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O submarino apreendido alguns dos indícios reforçaram as suspeitas de envolvimento de colombianos no esquema


Alguns dos indícios reforçaram as suspeitas de envolvimento de colombianos no esquema.





O submarino apreendido, na noite da última terça-feira, pela Polícia Civil do Pará estava em fase final de construção. A embarcação que seria usada no tráfico internacional de drogas foi descoberta em um furo do rio Guajará-Mirim, perto de uma vila de pescadores, em Vigia. Ontem, os policiais iniciaram o processo de retirada do submarino, que deve chegar amanhã à base do Grupamento Fluvial do Estado, em Belém. As suspeitas são de que a construção estava sendo financiada por colombianos ligados a um grande esquema de tráfico de cocaína. A Polícia Civil vai investigar o crime.

A descoberta foi feita após denúncias anônimas de que uma embarcação estava sendo construída em um braço de rio, em uma ilha no litoral de Vigia. O submarino seria usado no escoamento de grandes quantidades de drogas para fora do País, possivelmente com destino aos Estados Unidos e ao continente europeu. O acesso ao estaleiro construído na área para montagem do submarino havia sido transformado em uma base de operações da organização criminosa, que seria formada por um grupo de, pelo menos, 15 pessoas.

Na entrada do furo, uma placa foi instalada com a seguinte mensagem: “Não entre sem permissão. Área particular”. Segundo os policiais civis, as investigações mostraram que o grupo havia se instalado no local em setembro passado.

Ao longo do furo, os policiais encontraram tanques de combustível usados pelo grupo criminoso. Os integrantes do esquema usavam, inclusive, falsas armas de fogo, como fuzis, feitas à base de madeira para simular armas de verdade.

COLOMBIANOS

Alguns dos indícios que reforçaram as suspeitas de envolvimento de colombianos no esquema foram inscrições em espanhol nas caixas de produtos eletrônicos encontradas no local, com palavras como “La Columbia”. Na vila de pescadores, o grupo de criminosos construiu 3 casas de madeira, perto da entrada do furo no rio, usadas como bases de observação para monitoramento da região.

No interior da ilha, os policiais localizaram duas barracas de madeira construídas no local. Uma delas era usada como estaleiro para construção das peças à base de fibra usadas na montagem do veículo náutico. A outra barraca era usada como um alojamento, onde as pessoas que ali se instalaram usavam para dormir e fazer as refeições. Com apoio de uma lancha, os policiais civis iniciaram, no começo da tarde de ontem, a retirada do submarino do rio Guajará-Mirim.

(Diário do Pará)

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