terça-feira, 27 de outubro de 2015

10 milhões de reais, através de contratos com as prefeituras de Cantanhede, Primeira Cruz, Turilândia, Santa Rita, Morros, Palmeirândia, Santo Amaro, Santa Helena, Santa Luzia, dentre outras prefeituras do interior.

As empresas J. Kilder Construções e F. J. Aragão Costa são dois exemplos de casos de empreiteiras usadas para desperdiçar dinheiro público no Maranhão. Levantamento feito pelo BLOG mostra casos de obras tocadas tanto pela J.Kilder quanto pela F. Aragão que nunca ficam prontas. Encontramos construções que deveriam servir à população, mas estão abandonadas há anos. O desperdício de recursos públicos também existe em outros serviços, como no caso da locação de veículo, mesmo para aqueles municípios que possuem frotas próprias, mas por não estarem sendo usadas, acabam virando sucatas.

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Além do dinheiro gasto nas estruturas, manter tudo isso que não serve para nada custa dinheiro – milhões de reais, em várias cidades maranhenses onde as empresas atuam. Dinheiro gasto duas vezes: uma para construir a obra, outra para recuperar o que foi abandonado.

O representante das empresas é Francisco Jesselino Aragão Costa. De acordo com informações obtidas pelo blog, utilizando apenas uma das empreiteiras – a J. Kilder Construções e Serviços Ltda – o empresário Jesselino Aragão já faturou mais de R$ 10 milhões de reais, através de contratos com as prefeituras de Cantanhede, Primeira Cruz, Turilândia, Santa Rita, Morros, Palmeirândia, Santo Amaro, Santa Helena, Santa Luzia, dentre outras prefeituras do interior.

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O município de Palmeirândia, na região da baixada Maranhense, é um dos casos de desperdício. Lá, uma escola de seis salas que começou a ser construída em 2014, não ficou pronta. A obra que já consumiu mais de R$ 1 milhão, sequer foi iniciada.

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Em Santo Amaro, localizada nos Lençóis Maranhenses, a reforma de unidades de ensino se transformou numa verdadeira máfia organizada. No município, a J. Kilder foi contratada por mais de R$ 700 mil para realizar serviços de reparos há 03 anos. No entanto, segundo denúncias dos moradores, pouca coisa mudou e grande parte dos estabelecimentos continua como nas imagens em anexo.

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CEMITÉRIO DE SUCATAS
Na cidade de Santa Rita, região norte do estado, o esquema envolve a empresa F.J Aragão que foi contratada pela Prefeitura por R$ 654 mil para prestação de serviços de locação de veículos. O contrato seria até aceitável se não fosse um detalhe: carros oficiais foram descartados e não estão sendo mais usados. Isso mesmo! Embora tenha uma frota de veículos com pouco tempo de uso, comprados com dinheiro público, o Município santa-ritense resolveu abandonar os automóveis em um dos pátios da Prefeitura para efetivar o contrato do escoadouro de dinheiro público.

A frota do abandono é formada por ambulâncias, carros, máquinas e caminhonetes comprados em Santa Rita com dinheiro público. Os veículos só carregam ferrugem e descaso.

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ENDEREÇO DAS EMPRESAS
De acordo com informações obtidas pelo Blog, a F. J. Aragão tinha endereço fornecido à Receita Federal em casebre, localizado na Avenida Principal nº 635, A, Sala 01, bairro do Inhaúma, Raposa.

No entanto, por causa da repercussão da reportagem do Fantástico, da TV Globo, sobre o uso de empresas sediadas em Raposa, município considerado um “paraíso fiscal” de fantasmas, para desvios de verbas, o proprietário da empreiteira resolveu transferir o endereço para a Rua da Caema, localizada no Alto do Calhau, em São Luís.

Já a J. Kilder Construções e Serviços Ltda, segundo dados obtidos junto a Receita Federal, tem o endereço registrado, na Alameda IV, Número 2, Bloco R, Apartamento 102, Condomínio Atlântico, no bairro Bequimão, em São Luís. O local, porém, é um apartamento residencial que nem de longe lembra a sede uma construtora.

OBRAS RECEBEM ADITIVOSNa cidade de Morros, na região do Munim, o problema são os aditivos que a empresa J. Kilder vem recebendo há três anos para concluir obras intermináveis de pavimentação asfáltica, execução de meios fios e sarjetas. De 2013 a 2015, a conta com recursos públicos jogados nas sarjetas ultrapassam a bagatela de R$ 1 milhão.

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Enquanto as obras nestas cidades seguem abandonadas, moradores continuam convivendo com o caos e descaso dos prefeitos que realizam esses tipos de contratos com apenas um único objetivo: efetivar a prática do escoadouro de dinheiro público.

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