sábado, 15 de fevereiro de 2014

Teorias da conspiração sobre morte de cinegrafista invadem redes sociais

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Vídeo retirado do ar supostamente mostrava outra pessoa com a mesma roupa, mas teoria é refutada por perito (Reprodução/Internet)
caso santiago

Teorias da conspiração sobre morte de cinegrafista invadem redes sociais

Redes sociais e blogs contribuem para aumentar polêmica sobre as imagens e vídeos divulgados que serviram para identificar jovens que mataram Santiago Andrade

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Uma mensagem postada por Tomaz Cesario Alvim Martinelli no Facebook vem criando polêmica em torno da morte do cinegrafista Santiago Andrade. O rapaz alega que sua foto está sendo divulgada como se fosse da pessoa que acendeu o rojão que atingiu Santiago. Usuários da rede social especulam se Caio Silva de Souza, indiciado pela morte de Santiago de Andrade, não teria recebido a culpa por estar com a mesma roupa de outra pessoa, no caso Tomaz. A teoria é apenas uma de dezenas de suposições que circulam na internet questionando a veracidade das informações veiculadas na mídia sobre o assassinato do jornalista.
O Blog do Rovai, da revista Fórum, fez um post com um vídeo (agora removido do Youtube) no qual alega que outra pessoa, um infiltrado ligado a milícias (já que o indivíduo aparece perto de policiais militares no vídeo), teria acendido o rojão. Rovai faz uma série de perguntas que considera sem respostas e defende que a falta de clareza cria um clima de suspeita sobre as investigações. “Até porque a polícia do Rio já foi flagrada mais de uma vez armando cenas contra manifestantes”, diz.
Em outra foto que circula na internet, Caio é visto brigando na catraca da estação da Central do Brasil no dia do conflito. Na foto, ele é visto com as mesmas roupas — calça jeans e blusa cinza — que a pessoa responsável por soltar o rojão. Caio, porém, estaria sem relógio na foto da Central, ao contrário das imagens do indivíduo que disparou o explosivo. Para os especialistas de plantão na internet, não se trata de uma montagem diversionista, mas de uma grave conspiração orquestrada por forças ainda ocultas. Comentários de usuários mostram que muitos acreditam que Caio não é culpado.
Entretanto, o perito Nelson Massini examinou as imagens e concluiu que foi mesmo Caio o autor do disparo. Para ele, vários elementos permitem a identificação de Caio: uma pulseira, um relógio o tipo de calça e o tênis. Massini também analisou as imagem de Tomaz, e complementou que o sapato é de cor diferente, além dele não ter a camisa manchada de suor, a pele mais clara e não usar relógio.
Outro post que está dando o que falar na internet é “10 passos de uma história que não deve nada ao carro explodido pela ditadura no Riocentro”, que levanta questões sobre Fábio Raposo, o primeiro jovem a ser preso, o qual alega ter apenas entregue o rojão a Caio. Teria ele acendido o rojão antes de repassá-lo ou foi sua participação no crime apenas uma infeliz coincidência, como ele e seu advogado alegam? A polícia parece acreditar que Fábio “operava em sintonia” com Caio.
Além disso falam sobre o advogado dos dois rapazes, sua suposta ligação com a milícia e o envolvimento do nome de Marcelo Freixo no caso.



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