“Caminho de Pedras Miúdas”, de Inaldo Lisboa e dirigido por Charles Melo, estreia neste sábado (23), às 19h, no Cine Praia Grande; logo após haverá o lançamento do livro “Resenhistas da Web”, do crítico de cinema Breno Bezerra
“Caminho de Pedras Miúdas”, de Inaldo Lisboa e dirigido por Charles Melo, estreia neste sábado (23), às 19h, no Cine Praia Grande; logo após haverá o lançamento do livro “Resenhistas da Web”, do crítico de cinema Breno Bezerra
A história de uma mulher que após dez anos retorna à sua cidade natal para fugir de uma grande decepção amorosa. Esse é o mote do filme maranhense “Caminho de Pedras Miúdas”, que estreia neste sábado (23), às 19h, no Cine Praia Grande. A obra tem roteiro e produção do escritor Inaldo Lisboa e coprodução executiva da Cia. Direto da Fonte - direção de Charles Melo. Após a première será lançado o livro “Resenhistas da Web”, do crítico de cinema Breno Bezerra.
Gravado em vários pontos de Itapecuru, em junho de 2014, “Caminho de Pedras Miúdas” é também uma declaração de amor àquela cidade, uma vez que o idealizador do filme é filho de lá. “Itapecuru-Mirim, quer dizer em tupi guarani, caminhos de pedras miúdas. Resolvemos fazer uma brincadeira com o nome da cidade e com a trajetória da personagem. Ela também caminha entre suas pedras cotidianas. Todas as gravações foram realizadas na cidade de Itapecuru, porque além de ser o cenário da história, havia também uma relação com a paisagem da cidade e a relação da personagem central com esses ambientes”, comentou Inaldo Lisboa.
A trama narra à história de uma mulher que, após dez anos, retorna à sua cidade natal para fugir de uma decepção amorosa. A tragicomédia se desenrola com o reencontro e redescoberta do local onde ela nasceu. Com o andamento da narrativa, vão surgindo situações que geram outros conflitos.
“Eu queria contar o reencontro de alguém com seu lugar de origem, muitos anos depois e as decepções alegrias desse reencontro, mas de uma forma tragicômica. Ao mesmo tempo, queria mostrar Itapecuru na tela, mas não em forma de documentário. Queria fazer ficção em um cenário real”, contou o idealizador do filme.
PRODUÇÃO
Segundo Inaldo Lisboa, o processo de produção do filme não foi fácil, já que se trata de sua primeira obra em linguagem cinematográfica e uma parte da classe empresarial do Maranhão ainda vê o investimento na Sétima Arte como algo pouco lucrativo. “O cinema maranhense agora que está despontando, então os empresários que poderiam ajudar na produção ainda são meios desconfiados. Eles pensam que cinema é coisa de Hollywood e que aquilo não vai dar em lugar nenhum, mas eu sou determinado, acreditei no meu projeto e banquei a minha idéia”, detalhou.
Lisboa arcou com 70% dos custos de produção do filme e o restante veio de apoio de empresários e da Prefeitura de Itapecuru. “Reuni elenco e equipe técnica em Itapecuru e filmamos intensamente manhã, tarde e noite, durante uma semana. Não podíamos passar disso, porque o dinheiro estava contadinho”, relembrou.
O filme também traz no elenco os atores Ivone Coelho, Natan Campos, Victor Pinheiro, Lilian Cutrim, Jerffeson Santos, Katia Silva, Celia Lages, Madalena Aguiar, Wilson Chicão e Gabriel Wanderson. Edemar Miqueta assinou a direção de som e Evandro Martim foi responsável pela direção de fotografia. A obra ainda contou com apoio local de Alysson Rilktt (Cia Arti), Família Nogueira, Jucey Santana, William Paixão e Tiago de Oliveira Ferreira.
Inaldo Lisboa é itapecuruense e professor do IFMA – Campus Maracanã, onde dirigiu por 17 anos o grupo de teatro estudantil Fazend’Arte, colecionando diversos prêmios no Festival de Teatro Estudantil Maranhense e apresentações em outros estados do Brasil. Atualmente, ele é diretor do IFMA Campus Itapecuru que será inaugurado ainda neste ano.
Lisboa também é membro fundador da Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes (AICLA) e associado à Sociedade Brasileira de Autores Teatrais – SBAT. Publicou o livro de crônicas e contos “Tudo Azul no Planeta Itapecuru”, lançado em 2005, e o livro “Nicéas Drumont: o gavião Vadio”, que recebeu o prêmio Artur Azevedo (1º lugar), no 31º Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís, em 2007. No mesmo concurso também recebeu o prêmio Graça Aranha, na categoria novelas e romance, obtendo o segundo lugar com o livro de novelas “Os novos degredados do Éden”, ainda aguardando publicação.
O imortal escreve desde os 15 anos teve participação no Movimento Teatral Maranhense, dirigindo e roteirizando vários espetáculos. Entre suas obras, destacam-se as peças teatrais “Nossa Velha Canção” (1996); “Babaçu is Business” (1999); “Moderniscravizando” (2006); “Os órfãos de Ayrton Sena” (2004); “Trangênicosornot Transgênicos” (2005); “Um grito vindo do Rio Itapecuru” (1997), “É fogo” (2009), entre outras. São também de sua autoria as peças “Que Espetáculo é Esse?” (1987) e “O Filme de Ontem” (1988), ambas encenadas pelo grupo CARICARETA e apresentadas no Teatro Artur Azevedo. Escreveu ainda “Caminhos de Pedra Miúda”, feita a partir de uma pesquisa sobre a história da cidade de Itapecuru-Mirim, texto encenado várias vezes pelo TEIt (Teatro Experimental Itapecuruense), grupo fundado por ele em 1982.
FICHA TÉCNICA
Caminho de Pedras Miúdas (2015)
Filme de Inaldo Lisboa
País: Brasil
Direção: Charles Melo
Elenco: Ivone Coelho, Celia Lages, Liliam Cutrim, Natan Campos e Vitor Pinheiro
Duração: 45 min
Serviço
O quê: Estreia do filme “Caminho de Pedras Miúdas”, de Inaldo Lisboa, e lançamento do livro “Resenhistas da Web”, do crítico de cinema Breno Bezerra
Quando: no sábado,23, a partir das 19h
Onde: Cine Praia Grande (Centro de Criatividade Odylo Costa, filho)
Outras sessões: 24/01, às 15h, 25/01, às 19h, 26/01, às 16h e 27/01, às 20h30
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