Deputado Federal Jean Whyllys
Em resposta à publicação deste blog, em que o deputado Jean Wyllys teria “chamado os maranhenses de psicopatas†a partir da deturpação de uma fala postada em sua página no Facebook sobre a “turba de psicopatas em São Luis” responsável por um linchamento ocorrido recentemente na capital maranhense, a Assessoria de Comunicação do Deputado Federal Jean Wyllys esclarece sua preocupação com a cultura da prática do justiçamento popular muitas vezes apoiado pelos veÃculos de imprensa, e com a manipulação intencional de informações para calar qualquer denúncia contra esta prática e difamar seus autores.
Segundo reportagem do jornal Extra, só nos últimos 18 meses, dez casos de linchamento aconteceram no Maranhão, um número preocupante!
A “justiça com as próprias mãos” é vista por muitos, hoje, como uma “alternativa à ineficiência do Estado”; como algo “justificável” diante da violência. O problema que os linchadores não enxergam é que qualquer um de nós pode ser vÃtima de linchamento – o que quer dizer que não teremos sequer possibilidade de defesa ou respeito aos nossos direitos garantidos em lei. Como esquecer, por exemplo, do linchamento ocorrido no Guarujá, em que uma vÃtima foi difamada através das redes sociais e, em seguida, espancada até a morte sob a falsa acusação de “matar crianças em rituais de magia negra”?
Chamar de barbárie o que fizeram os linchadores da moça do Guarujá não significa dizer que toda a população local é bárbara, como tenta induzir o mal intencionado blogueiro ao deturpar minhas palavras em sua postagem.
Qualquer um e qualquer uma de nós pode ser vÃtima de linchamento, mas, na prática, a população negra está mais vulnerável a ele porque historicamente esteve fora da comunidade de direitos e marginalizada por discursos que a desqualificam como humana. Inclusive a origem da palavra “linchamento†é atribuÃda ao coronel Charles Lynch e ao capitão William Lynch, que promoviam “justiçamentos” à margem da lei e eivados de ódio racial contra Ãndios e negros.
Quando essa prática passa a ser justificada por parte da mÃdia, inclusive nos pequenos comentários de jornalistas de canais da TV aberta, em textos de blogueiros ou em páginas de jornais “pinga-sangue”, temos um quadro ainda mais preocupante, com resultados imprevisÃveis que também preocupa as autoridades, inclusive as do governo maranhense contatadas por Wyllys e que não só se solidarizaram contra os ataques do blogueiro como também repudiaram veementemente o linchamento ocorrido em São LuÃs.
Reiteramos a preocupação do mandato do deputado Jean Wyllys com o respeito aos direitos humanos e ao devido processo legal, em oposição à barbárie que tem colocado toda a população em verdadeiro risco, e comunicamos que as providências jurÃdicas cabÃveis estão sendo tomadas.
Resposta do Blog
Diz o deputado federal e jornalista Jean Wyllys, que me parece ser nordestino, que já ocorreram 18 casos de linchamentos seguidos de morte nos últimos anos no Maranhão. No Rio de janeiro, Estado que ele representa neste paÃs, existem chacinas que resultaram em mais de 100 vÃtimas fatais de janeiro pra cá. Qual foi a reação do parlamentar? Onde estava o senhor deputado diante de tamanhas atrocidades à vida e aos direitos humanos?
O blog, ao contrário de que deixa transparecer o senhor defensor das minorias excluÃdas e não da maioria dos miseráveis que passam fome de justiça neste paÃs, notadamente no Rio de Janeiro onde ainda impera a lei do tráfico e dos bicheiros, sempre foi contra fazer Justiça com as próprias mãos.
Agora, o senhor deputado querer tornar esse recente caso de linchamento a uma questão racial é querer tirar proveito polÃtico de uma situação que poderia ter sido vÃtima um branco ou negro, naquele momento, bastava que ele fosse o ladrão, o arrombador de lares, o estuprador de nossos filhos e filhas, o meliante que mete um arma em nossas caras, um bandido que rouba as nossas vidas.
A população do Maranhão vive sobressaltada, receosa de sair nas ruas, praças e avenidas. O povo maranhense não aguente mais olhar um bandido sendo preso e minutos depois solto pela Justiça para praticar os mesmos crimes. Mas nada justifica tirar uma vida, seja ela de quem for.
O paÃs precisa, senhor parlamentar, de leis que possam proteger o cidadão de bem da bandidagem, de leis que evitem a ação de bandidos que roubam os recursos públicos (boa parte convive com o senhor nesse parlamento chamado de Congresso Nacional). E não vejo na Vossa Excelência nenhuma iniciativa nesse sentido.
Quanto a solidariedade recebida pelo senhor de autoridades maranhenses, são os mesmos que assistem diariamente o terror e o pânico crescerem no Maranhão e não adotam polÃticas públicas para garantir a segurança da população.  Lamentável que seja assim. Hoje mesmo, dia 9 de julho de 2015 houve nova tentativa de linchamento a um ladrão. Cadê o nosso sistema de Segurança.
Quanto as medidas judiciais que o senhor informa que irá tomá-las, não nos assusta, ainda mais partindo de um jornalista e deputado que defende o cerceamento à liberdade de imprensa. Não seremos a primeira vÃtima da sua intimidação nem seremos o último, com certeza.
Para outros blogs do Maranhão, o senhor, escondido no escudo da imunidade parlamentar, acusa o titular do blog de promover a barbárie e de achacar polÃticos.
O deputado, sim, é quem terá que provar na Justiça desde ou quando o blog apoiou linchamentos ou achacou polÃticos. Quem vive achacando o contribuinte, recebendo polpudos salários, mantendo assessores, alguns sem trabalhar, com salários altÃssimos, são os parlamentares, além de emendas e outras negociatas.
São 18 polÃticos envolvidos no desvio de recursos da Petrobras, incluindo colegas seus de parlamento, são mais de 50 polÃticos envolvidos no mensalão. Não conheço ou sequer tomei conhecimento do envolvimento de algum jornalista ou blogueiro nessa relação de larápios.